30 May
30May

Luís Sousa


Aqui normalmente trago-vos o que há de melhor no Trap principalmente aquele que nem sempre vem ao de cima quando se fala do género, o que muitos chamam de “Soundcloud Rap” ou “Mumble Rap”, apesar de não achar que seja um nome correto para se dar a este tipo de música. Por muito que possa parecer fazer sentido, sinto que existem muitas mais razões que provam o porquê desses rótulos não se adequarem: Primeiro porque uma grande parte destes artistas nem estão “mumbling*” nem são confinados ao mundo do Soundcloud, de todo, e irão perceber o porquê.

*arte de divagar


Lucki, de Chicago



O início de 2018 veio com muita música de grande valor e ainda estamos à espera de mais trabalhos, eu ansio desesperadamente pelo novo “Better Days” de Lucki, um dos meus artistas favoritos que se destaca muito da cena do Trap, um artista que considero bem underrated e provavelmente vou acentuar isso até ao final deste texto. Já lançou algumas faixas do tão esperado álbum como “Sports Mode” e “4Everybody”, faixas que nunca me vão sair da cabeça e vou estar sempre a tocar sem exaustão. Era estranho se fosse diferente pois nunca desilude e nunca cansa. O rapper que começou com um registo diferente e com o nome de Lucki Eck$ já lançou músicas produzidas e com participações de nomes como FKA Twigs, Chance The Rapper. Lil Tracy e Uno The Activist são outros nomes com quem trabalhou neste registo mais recente. Apesar dessas colaborações Lucki mais recentemente tem-nos presenteado com trabalhos a solo e com beats produzidos por artistas como Plu2o Nash, Marcus Basquiat, Forza, F1lthy entre outros. Tem lançado também vários snippets* deste novo projeto que sucede o “Watch My Back”, que é provavelmente o meu trabalho favorito dele e foi o que me fez acordar mais e agarrar-me mais ao artista.

*excertos




Yung Bans, de Atlanta. Jovem rapper encontra-se em prisão domiciliária.



Quanto a trabalhos já lançados, tenho que destacar “Yung Bans Vol.3” de Yung Bans lançado no passado mês de Janeiro. Um rapper que merece também bastante reconhecimento, com uma vibe também muito viciante e uma voz que me agarrou logo desde o início, fez-me logo pensar “Wow, isto é o quê? Preciso de mais!!!”! Descobri-o pela presença na “ILOVEITWHENTHEYRUN” de XXXTentacion com Ski Mask The Slump God e surpreendeu-me bastante com sons como “Right Through You”, “Lonely” (com Lil Skies), “Dead Faces”, entre outros! Teve também colaboraç~es com Playboi Carti artista com quem cortou relações. Num ano fez dois videoclips com o grande Cole Bennet e chegou a mais pessoas com isso, apesar de ele mesmo admitir que não são de todo as suas faixas favoritas, muito menos a “Dresser” que foi a primeira que teve um vídeo feito pelo Cole. Adorei este novo EP e destaco as músicas “Eye 2 Eye” e também “Wild West” com Yung Weej. Uma curiosidade sobre ele que muitos não sabiam é que a grande lenda, Future, assinou-o à sua label Freebandz Records, coisa que o próprio Bans dissepor suas palavras: “It’s deeper than rap.”  



Recomendo vivamente estes dois artistas que na minha opinião recebem menos atenção do que realmente merecem, estão a tomar conta completamente da minha atenção já há algum tempo e ambos destacam-se muito do resto dos artistas. Prestem muita atenção a estes dois nos próximos tempos! Volto para a semana com mais recomendações... Até lá.


Caixote do Fixe

com Luís Sousa

Texto: Luís Sousa

Conceito: Luís Teixeira/Luís Sousa

Design: Luís Teixeira

Scanner Ortográfico: Luís Teixeira/Catarina Soares

®Indieota 2018


Comentários
* O e-mail não será publicado no site.