19 Mar
19Mar

Texto: Raúl Avelar

O concerto da tour Leviathan dos Therion teve como banda de abertura os finlandeses Satra, que nos trouxeram o seu álbum de estreia, Sands of Time, lançado este ano. Os temas foram sólidos e a actuação interessante, ainda que se note a pouca experiência de palco da banda, sendo de destacar a entrega e intensidade da vocalista Pilvi Tahkola. Será uma banda a acompanhar nos próximos anos com atenção, especialmente para os fãs de bandas como Delain e Epica.  Chegada a vez dos Therion entrarem em palco, a primeira surpresa foi regresso de Lori Lewis à formação de tour, algo que foi especial para os fãs da banda, dada a intensidade da sua voz e sua entrega aos temas (a cantora apenas mantinha o papel de músico de estúdio da banda nos últimos anos). Começaram com Blood of Kingu, um tema que ouço com regularidade desde que adquiri o seu álbum ao vivo Live Gothic (um excelente exemplo de como Christopher Johnson sempre soube rodear-se dos melhores músicos para o espectáculo ao vivo).  


 O concerto foi abrangente, aquilo que se espera dos Therion nesta fase da sua carreira, que abrangeram toda a sua discografia, mas dando especial enfâse aos temas da trilogia Leviathan. “Son of the Staves of Time” e “Sitra Ahra” foram dos que mais me marcaram, assim como maravilhoso “Siren of the Woods” do seminal Theli com a interacção entre Rosalía Sairem e Thomas Vikstrom a marcar um dos pontos altos da noite, uma actuação sublime pelos dois vocalistas.  Christopher Davidsson, o baixista nesta ocasião, não só contribuiu com vozes como manteve uma presença sólida na secção rítmica a par de Sami Karpinenn na bateria. O à-vontade do guitarrista-solo Christian Vidal foi contagiante, especialmente nas suas interacções com os outros membros da banda. Já o mentor da banda, Christopher Johnson marcou a sua presença, cantando inclusive no encore no seminal “To Mega Therion”.  Com efeito, os Therion estavam no seu elemento e tocaram ao longo de mais de hora e meia com uma intensidade invejável e concluíram com um excelente encore que incluiu o bombástico “Rise of Sodom and Gomorrah” e o supra referido “To Mega Therion” para encerrar.  No seu todo, foi uma excelente noite para fãs de metal sinfónico, com os Satra a assegurar um início interessante da noite e os Therion a mostrar porque são das bandas mais cativantes e importantes do género.  

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