Hélder Menor

Aos 13 anos de idade, Helder passava a maior parte do tempo a ouvir Bob Dylan e a perguntar-se porque é que não conseguia tocar guitarra, objeto secular que lhe despertava das primeiras reações amor-ódio que viria a conhecer. Foi apenas quando descobriu a cultura DIY Punk, por influência de um amigo, que Helder Menor se foi tornando num artista adolescente. 

Nascido e criado no Barreiro, desde cedo acompanhou de perto uma das cenas underground mais entusiasmantes que o país já viu. O pai de um dos seus grandes amigos fundou uma das bandas mais promissoras da era alternativa portuguesa, os Gasoleene, inspirados pela baixa fidelidade de Pavement e o ruído experimental de Sonic Youth. É a ele e à angústia adolescente que Helder responsabiliza por ter aprendido a tocar canções. Auto-didata e curioso nato, foi aprimorar as suas habilidades naturais na Restart, onde estudou Produção e Marketing de Eventos. Com Nick Suave, que o viu crescer, deu uma ajuda na cozinha do Pouca-Terra,  tocou e passou sons nos intervalos do Barreiro Rocks e ajudou a fazer manutenção do histórico Estúdio King da Hey Pachuco. Helder Menor é um canivete suíço da cena independente portuguesa e um dos seus personagens mais carismáticos. Dizemos "canivete suíço" sem enganos...

 Helder já possuiu um número respeitável de bandas mas a que mais emergiu foram os Postcards From Wonderland, que partilha com os amigos Johnny Pinha e Mariana Silva. Atualmente segura um projeto chamado Opus Pistorium, onde grava e produz sozinho e em conjunto com os seus amigos de sempre, aqueles que insistem em chamar “manos” uns aos outros, fundou e dirige a Linha Amarela- Produções, um coletivo artístico que começa a marcar presença na esfera cultural. 

A par do quase omnipresente sorriso, o que mais ouvimos Helder dizer é: "Abraçeiras", que joia de rapaz...