Francisco Carvalho
Ditch Days sobem ao palco. Os seus sorrisos rasgados, de antecipação e ansiedade, teriam - pelo final do concerto - sido transferidos para nós na audiência.
Como uma lareira, a montagem com diálogos em close de filmes preferidos ( de Juno a HIMYM ) aquece-nos o coração; a luz é projectada na banda e na parede por detrás enquanto os rapazes tocam o seu "sabor" de indie rock. Ditch Days demonstram uma rara sensibilidade melódica na sua música, uma intuição para o criar de tensão e o consumar de expectativas. A cena da conversa no terraço em "Annie Hall" roda enquanto a banda começa a falar. A próxima música desencadeou a sua aventura musical que dura até este momento. Tocam "Nostalgia" (em inglês). Algumas cabeças abanam, poucos dançam, mas há sorrisos e olhares surpreendidos espalhados pela sala do Sabotage.
Ao terminar a performance do seu primeiro álbum - Liquid Springs - a banda tenta despedir-se. O público exige um encore, convertido aos encantos dos Ditch Days. E outro. Fãs e apoiantes sobem ao palco para cantar a última música e o concerto desvanece-se, abafado em abraços entre banda e amigos.