03 Sep
03Sep

Emanuel Tapete


2017 tem sido um ano de grandes lançamentos mas o ano mal acabou e ainda há uma fornada de discos prontos a serem editados a qualquer momento. Estes são os que mais aguardamos ouvir nos próximos tempos:

800 Gondomar

 Depois de um par de EP's muito bem recebidos e algumas atuações épicas o trio de Gondomar detém na mão uma das estreias mais aguardadas do ano. A fórmula de compilações estendidas tinha resultado bem até agora mas com um longa duração será que o trio vai manter a mesma visceralidade de sempre mas continuar a tornar as canções apelativas? O mesmo comic release típico destas bandas de garage do Norte continuará presente? Ou a banda vai reconfigurar-se? Muitas perguntas anseiam ser respondidas mas uma coisa é certa, existe muito buzz em torno destas novas canções.


Alex Chinaskee

 Pouco sabemos acerca desta estreia a não ser um historial de EP,s super distintos: o açucarado e pegajoso "Campo" e o experimental "Trocadinhos ao Pôr do Mi". Mas embora facilmente comparados com outros contemporâneos Pop do panorama uma coisa é certa: Miguel Lopes pode ter as suas falhas mas o seu hustle pôs a sua banda num lugar de destaque entre as camadas jovens, o interesse em ouvir esta estreia é mais que notório.


Sallim

 Ficámos radiantes quando soubemos que a Sallim estaria já em fase terminal de segundo disco e soubemos pela mesma. Uma estreia imaculada (Isula) fazem desta voz um dos jovens talentos mais entusiasmantes dos últimos anos. Com vocais inebriantes, canções nostálgicas e vulneráveis e uma facilidade tremenda em compor canções capazes de sobreviver aos tempos, eu estaria a mentir se não dissesse que este é o disco que mais anseio ouvir este ano.



Surma

 Surma tem sido um dos nomes mais constantes da "chit-chatter" alternativa. Exposta ao estrelato com uma gravação de um concerto no Porta Onze desde então tem-nos trazido canções pop atmosféricas produzidas solitariamente na sua casa estúdio em Leiria. Com a Omnichord por trás dela, este disco de estreia adiado por um ano (porque foi anunciado para o Outono de 2016) tem tudo para explodir a artista de uma vez por todas.



Fugly

"Morning After" trouxe um rock muito acessível e influenciado por outras referências punk habituadas a um público muito mais amplo que a maioria das bandas indie/ punk do underground. Mas estas gravações nem fazem bem justiça àquilo que têm sido os concertos de Fugly: ecléticos, desvairados e até perigosos... Será uma estreia interessantíssima.



Iguanas

 "Doce" tem de ser uma das estreias mais menosprezadas de sempre. É um disco de culto que tem passado discretamente em algumas das festas mais exclusivas de eletrónica alternativa em Lisboa e arredores, eu já fui a um sítio no Barreiro chamado "Mansão" e para minha surpresa estava a passar "Super Babe", um heavy-sampled, eclético e solarento clássico de música dançável. Os sempre ocupados Lourenço Crespo e Rabu Mazda estão mesmo a trabalhar num segundo disco.



Pista

Embora ainda não se saiba se o sucessor de "Bamboleio" terá data prevista para este ano Cláudio, Ernesto e Bruno já estão a trabalhar em novas canções, o primeiro em simultâneo com o seu projeto "Nada-Nada". Não há muitas perguntas a não ser esta: Estarão os Pista preparados para o que virá depois deste muito aguardado lançamento?



Filipe Sambado

 Outra incógnita... Não sabemos se o sucessor de "Vida Salgada" será lançado em 2017 mas Sambado não tem feito outra coisa a não ser trabalhar desde o seu disco de estreia: de books no Nos Alive e Vodafone Mexefest a artigos na Vogue, os créditos de Sambado são quase intermináveis. Este segundo disco vão re-afirmar duas coisas, Sambado como um dos artistas mais influentes do panorama independente nacional e um dos personagens essenciais de toda a cultura.



Não queremos mesmo saber quem os faz, queremos que os discos continuem a aparecer e que continuem a moldar esta geração de ouro que vivemos nos tempos de hoje.

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