Boogaloo Riot (2º temporada) / 5º Episódio	(Especial)

Esta semana decidi fazer uma pausa dos discos latinos e dar à internet aquilo que ela mais tem: listas e sexo. Vamos lá a esse clickbait.

Quer gostes de fazer as paredes tremer ao som da EBM mais brutal ou de te afogar em carinho enquanto toca o Pet Sounds, a música ajuda sempre a criar mood.
Portanto, sem nenhuma ordem específica, porque a arte não pode ser reduzida a aritmética, aqui vão 10 discos bons para provar o doce fruto do amor_

Joni Mitchell- Blue

Este disco é uma obra prima cheia de canções boas, a maioria sobre amor. O registo acústico e intimista é perfeito para criar clima, e tem a vantagem de ser consensual. Há poucas probabilidades que a pessoa que estás a levar para casa duas horas depois de se conhecerem nas Damas curtir pinar a ouvir Burzum.

Marvin Gaye- What's going on

O Marvin Gaye não podia não estar nesta lista. Qualquer um dos seus discos serve o propósito, mas acho que este mistura bem a mellowness com o groove. Além disso, uma comp com a Sexual Healing e o Let's Get It On podia soar demasiado óbvio. Queres deixar algum mistério, não é seu galã pseudo-intlectual?


Bob Marley and The Walkers- Natural Mystic: The Legend Lives On

Vamos ser sinceros. Quando é que não sabe bem ouvir reggae? Esta compilação dos grandes temas do Bob Marley faz um bom trabalho tanto a quebrar o gelo como a chegar a vias de facto. À semelhança dos outros dois acima, é super consensual.


Jorge Palma- O Lado Errado da Noite

O Jorge Palma é dos melhores escritores de canções em Portugal, e se não concordas bem te podes foder. Se concordas, podes foder a ouvir a Jorge Palma. É sempre bom, se conseguires não te prender demasiado nas letras e aproveitar a vibe jazzy do disco.


Aphex Twin- Selected Ambient Works 85-92

Estamos a entrar no reino mais esquisito da música para fazer amor. Se calhar este disco não é para todos os amantes, mas parece-me que as alterações de dinâmica de faixa para faixa assentam bem para a javardeira. “Não sabes se é bom se não experimentares, babe” 


A Tribe Called The Quest- Low End Theory

Bom bap com contrabaixo e samples de jazz? Perfeito. Ainda melhor porque não vais estar a prestar atenção às letras, que deixam um bocadinho a desejar. É bom para o love pelos mesmos motivos que o What's Going On, mas com uma vibe um bocado mais dirty, parece-me a mim.


Roots of Chicha- Psychedelic Cumbias from Peru

Okay, eu admito, nem toda a gente consegue ficar funky a ouvir cumbia. Mas esta música foi feita para dançar- puxa pelos movimentos pélvicos (Elvis é o Rei) e pelo balanço. A Amazónia é quente e o som amazónico também. Para mim, é um disco capaz de criar uma boa dinâmica.


The Smiths- Meat is Murder

Eu sei, eu sei. Mas se passaste a adolescência toda a ouvir Smiths (ou se estás a passá-la neste momento) é uma grande cena. Nem todas as noites têm de ser loucas, às vezes só precisamos de ser abraçados... #sadboy:(


Ghana Soundz- Afro-beat, funk and fusion in 70's Ghana

Esta comp da Soundway Records consegue animar qualquer copo de vinho constrangedor e olhares para o relógio. Dança e relaxa, deixa a sabedoria milenar dos africanos nas lides do amor guiar a tua performance sexual. O damo/dama/cromossomas_e_cenas_não_são identidade_de_género/ vai recordar-se certamente.


Jlin- Black Origami

Se a eletrónica fosse cinema, Jlin era porno. A produtora da nova vaga do footwork faz música com batidas loucas e sons bastante marados, mas consegue ser incrivelmente sexy, tanto pela cadência da música como pelos bastantes samples de gemidos que ouvimos em quase todas as faixas do disco.